“Tem uma cabeça… com tanta idade e, tem um raciocínio e uma capacidade de articulação, incríveis…” – conversa de café sobre alguém já com muita idade! Estimulação cerebral é a resposta para esta vitalidade; razão pela qual convidamos à leitura de 5 Exercícios de estimulação cerebral.
Com certeza já ouviu frases semelhantes, noutras conversas de café e, são sempre relatos de alguém que encontrou uma pessoa com 90 anos e com uma vitalidade cognitiva de fazer inveja a muitos jovens.
Eventualmente estamos perante pessoas que desafiam o seu cérebro com frequência.
Talvez sejam pessoas que gostam muito de ler, escrever, que se dedicam a diferentes passatempos ou fazem exercícios mentais recorrendo às novas tecnologias, recorrendo ao uso de app’s de treino cerebral (veja aqui a selecção das 5 melhores app’s pela Medical News Today) ou até leram sobre a plasticidade neuronal e encontraram aí exercícios fáceis de executar.
É destes últimos que vamos abordar neste artigo, suportados em estudos de cientistas, que nos indicam exercícios simples para a estimulação cerebral.
Sem dúvida, que o conceito da plasticidade neuronal ou ainda neuroplasticidade, tem sido na última década muito trabalhado por um vasto número de cientistas. Em 2005, a cientista Elly Nedivi, liderava uma pesquisa do Departamento de Ciências Cerebrais e Cognitivas do MIT donde puderam identificar o crescimento de dendrites nos neurónios de adultos quando expostos à actividade ou uso.
Com o propósito de despertar a curiosidade sobre a plasticidade neuronal, assunto muito levemente abordado noutro artigo, convidamos a ler e a pesquisar a partir desse artigo, os mais recentes estudos científicos sobre o tema.
Lembre-se que os exercícios de estimulação cerebral para produzirem novas ramificações ou um crescimento das dendrites têm de ser feitos com consistência e repetição, tal como o exercício físico – 20 abdominais por mês não fazem milagres – portanto a lógica a usar é a repetição.
Apesar de serem 5 exercícios não tem necessariamente de fazer todos, faça aqueles com os quais mais se identifica.
Este exercício é um grande desafio e muito engraçado de experimentar. Mas, não diga que não consegue, experimente!
Faça tudo exactamente igual ao que habitualmente faz, mas desta vez com a mão contrária à que usa. Nos primeiros dias terá mesmo que obrigar o seu cérebro a pensar que vai ser diferente. O que faz habitualmente é tão mecanizado que não precisa pensar logo pela manhã, mas agora sim, durante os primeiros 21 dias terá de se lembrar que tem de fazer tudo diferente.
Por ter de pensar de outra forma e por usar outros movimentos faz a estimulação cerebral!
Certamente, a simplicidade deste exercício, leva-nos a perguntar em que medida pode fazer alguma diferença no nosso cérebro.
Em virtude de mudar o seu trajecto diário, obrigará o cérebro a sair do modo “piloto automático”, e a entrar em modo alerta. Isto deve-se ao facto de as estimulações visuais de outras imagens decorrentes do percurso novo estimularem o seu cérebro. Dessa forma, são estes novos estímulos que podem ajudar o cérebro a produzir mais dendrites e mais dendrites aumentam as possíveis sinapses.
Estimulamos o cérebro!
Por analogia ao exercício #1, aprender a escrever com a mão que nunca escreve é o maior desafio de todos. Sem dúvida que entre vários exercícios disponíveis para estimular o cérebro este é o mais arrojado e também o que mais pede disponibilidade da nossa parte. Apesar de desafiador, a dificuldade é compensada pelo prazer que sentimos quando damos conta que ganhámos uma nova habilidade e uma grande autonomia.
Ainda que não seja claro para os cientistas, por que razão começamos a trabalhar com uma determinada mão, a verdade é que o fazemos e assim seguimos até ao final da nossa vida. Mas este exercício vem mostrar como podemos aprender de qualquer forma, já que a forma como aprendemos a escrever será sempre igual: é a treinar!
Para este exercício, a menos que encontre outra solução, vamos usar exactamente o mesmo modo de treino que os professores nos ensinaram. Vamos usar abecedários para copiar letras até termos percebido como elas se constroem no nosso cérebro e depois vamos fazer muitas repetições.
Eventualmente vai usar os tradicionais cadernos de caligrafia à venda no mercado, contudo a experiência levou-nos à construção do nosso próprio caderno porque nem sempre é fácil encontrar estes livros com todo o abecedário.
Pode descarregar o PDF na área Ferramentas na página principal.
Conseguindo treinar com a consistência igual à que foi feita em terna idade vai conseguir escrever com ambas as mãos. A estimulação cerebral é uma realidade.
Eventualmente, quem já pratica Mindfulness, Yoga ou Reiki, terá mais facilidade em utilizar as técnicas de respiração destas disciplinas. Todavia, mesmo não sendo praticante, vai reparar que é muito fácil adquirir essa habilidade. A respiração profunda não é uma respiração mais prolongada ou realizada com mais força. Veja abaixo quais os passos para fazer a respiração profunda.
Faça estas respirações antes de qualquer outro hábito matinal e se não conseguir fazer 3 respirações faça as que conseguir.
Para fazer a respiração profunda siga estes passos:
Enquanto faz a inspiração procure concentrar a sua atenção no acto de respirar. Sinta o ar entrar no seu corpo, sinta cada detalhe. Por mais que seja tentador, evite pensar noutras coisas, pense apenas na respiração e como ela interfere no seu corpo.
Este exercício proporciona a estimulação cerebral através da criação de um novo hábito e ainda tem mais benefícios (falaremos sobre eles noutro artigo).
Encontre a melhor hora do dia para o fazer, pode ser enquanto espera por alguém, ou enquanto a família prepara o jantar, ou antes, de se sentar no sofá!
Embora sejam apenas 5 agachamentos sem esforçar o seu corpo, faça-o seguindo as instruções, para que não desenvolva posições incorrectas e futuras lesões. Coloque os pés afastados de modo que se alinhem com os seus ombros e desça até onde é confortável para si depois suba lentamente e repita 5 vezes.
Veja aqui como pode executar esse exercício.
Mais uma vez a criação de um novo hábito vai estimular o seu cérebro. Faça-o com leveza, não esforce o seu físico. Vai constatar ao fim de algum tempo que este exercício já está dentro da sua rotina diária e, é melhor que assaltar o frigorífico! Não só promovemos o eventual crescimento de dendrites como vamos fazer bem ao nosso físico.